Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil completa 89 anos aberta ao público...

89 anos da Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil

Esta escola ROSA-CRUZ, iniciática, templária, filantrópica, cujos ensinamentos são uma síntese do esoterismo, está completando 89 anos desde que as suas portas foram abertas ao público em geral. Antes, ela funcionava de forma hermética, para poucos neófitos. Na manhã do domingo, dia 27 de outubro de 2019, no Templo de São João, Matriz Nacional da FRCB, localizado na Praça Afonso Pena, nº 75, Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, ocorreu uma solenidade, com dezenas de espiritualistas, estudantes e representantes de outras instituições, para comemorar esta data e o aniversário do Mestre e Instituidor Professor Júlio Guajará Rodrigues Ferreira (3º Venerável Grão-Mestre).

A história da Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil se confunde com a vida deste grande espiritualista, que enfrentou grandes desafios, num período marcado por incompreensões e perseguições. Atualmente, falar de espiritualidade é muito fácil. Centenas de livros esotéricos são editados anualmente. Todas as mídias eletrônicas produzem e lançam programas e filmes sobre o ocultismo. A internet, especificamente, ajuda muito na divulgação do tema. Neste início da “Era de Aquários”, a ciência se aproxima da espiritualidade. Mas, no início do século XX, o mundo era outro e os obstáculos eram gigantes.

Um resumo da cronologia dessas trajetórias

O Professor Júlio Guajará Rodrigues Ferreira nasceu em 29 de outubro de 1902, em Belém do Pará. Segundo relato de Irmãos antigos, esse pesquisador ocultista passou a adolescência na Europa, precisamente na França, Portugal e Inglaterra. Quando residia em Londres, viajou para a Índia, a convite do então delegado da “Sociedade Teosófica” no Reino Unido, Curuppumullage Jinarajadasa (1875-1953), onde recebeu a “Sagrada Iniciação”. Em 1924, com apenas 22 anos, retornou ao Brasil e publicou o livro “Os Mistérios da Alma”.

Em 1926, passou a ser o instrutor secreto da “Ordem Mística do Pensamento”, que funcionava na Rua do Mercado, nº. 14, 2º andar, na Praça XV, no Centro do Rio de Janeiro. Como jornalista, redigiu ensaios espiritualistas, confeccionou horóscopos e mapas astrais, que foram publicados nos jornais e revistas da época. No mesmo ano, passou a ser redator-chefe da revista “A Mente”. Nesse período também discursava em pé, sobre um banquinho, em praças públicas na então capital da República, divulgando a doutrina ROSA-CRUZ.

Em 1927, fundou o “Instituto Teosófico ROSA-CRUZ”, que funcionou, primeiramente, na Rua do Riachuelo, nº. 95, transferindo-se, posteriormente, para a Rua São Carlos, nº. 125, no Estácio, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Em 1928, coincidindo com a primeira visita de Jinarajadasa, ao Brasil, o Professor Júlio Guajará Rodrigues Ferreira deixou a “Ordem Mística do Pensamento” e transformou o “Instituto Teosófico ROSA-CRUZ” na “Sociedade Teosófica ROSA-CRUZ”. O grande teósofo Jinarajadasa, que publicou mais de 50 livros, ainda voltou ao Brasil em 1934 e em 1938, e, posteriormente, na década de 40 assumiu a Presidência Mundial da “Sociedade Teosófica”.

De 1928 a 1930, o Mestre ROSA-CRUZ realizou várias palestras em teatros, auditórios, e também publicou artigos sobre assuntos espirituais nos jornais “A Gazeta de Notícias”, “Jornal do Comércio”, “Diário da Noite”, “Jornal do Brasil” e “O Jornal”. As atividades de jornalista eram divididas com a função de professor no “Colégio Dom Pedro Segundo”.

Em 30 de março de 1930, o Professor Júlio Guajará Rodrigues Ferreira dissolveu a “Sociedade Teosófica ROSA-CRUZ”, e em 27 de outubro do mesmo ano abriu a Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil, com cultos públicos num prédio alugado na Rua Barão de Itapagipe, nº 68, no Rio Comprido. A primeira reunião da Congregação no atual prédio próprio (Templo de São João) foi realizada em 10 de junho de 1951, com uma frequência superior a 200 irmãos.

Em 4 de junho de 1931, foi aberto na rua Visconde de Uruguai, nº 297, em Niterói, o Capítulo de São Luiz, sendo transferido, posteriormente, para o Rio de Janeiro, em 1942, instalando-se na rua Comandante Coimbra, nº 35, já em Olaria. No ano de 1943, foi transferido para o prédio alugado na rua Angélica Mota, nº 156, no mesmo bairro. Em 1953, foi instalado em definitivo num prédio próprio da mesma rua (nº 166). Em suas dependências já funcionaram outros departamentos da Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil. Hoje, na parte térrea, funciona uma clínica social, com várias especialidades dentro da medicina holística, um embrião da Casa Hospitalar de Malta.

Em 1932, o Professor Júlio Guajará Rodrigues Ferreira lançou o jornal “O Cartel”, primeiro órgão oficial de divulgação da nova instituição. Em fevereiro de 1949, foi fundado o “Jornal do Templo”, sendo publicado até setembro de 2005, quando passou a ser chamado “O Templário”, que é editado até hoje a cada dois meses.

Em 28 de janeiro de 1944, o Professor Júlio Guajará Rodrigues Ferreira passou para outros planos, deixando duas filhas (Letícia e Dóris), sendo sepultado no Cemitério São João Batista (mausoléu nº 6.963). Ele conhecia com profundidade várias ciências e traduzia inglês, francês, árabe, sânscrito e aramaico.

Em 19 de setembro de 1945, um ano após a passagem do Mestre Instituidor, foi aberto ao público o Departamento da Juventude Templária, que funcionou por décadas no Capítulo de São Luiz, formando novos Irmãos para a Ordem.

A Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil, antes de ter as portas abertas ao público em geral, funcionou hermeticamente sob a orientação do 1º Grão-Mestre, Múcio Teixeira ou Barão Ergonte (13 de setembro de 1857 a 8 de agosto de 1926), que no século XIX criou a “Ordem Maçônica Sol do Oriente”; e do 2º Grão-Mestre e Hierofante ROSA-CRUZ, Magnus Söndahl (16 de setembro de 1865 a 30 de abril de 1921), que em 1890 instituiu a “Maçonaria Católica”.

A Fraternidade Rosa-Cruz do Brasil já manteve funcionando, em vários endereços na cidade do Rio de Janeiro, as Luzernas Giordano Bruno e Sclemock. Atualmente, mantém no município Itatiaia, no interior do Estado do Rio de Janeiro, o Sítio Arco-Íris, para retiros espirituais. Essa localidade era chamada pelo Mestre Instituidor de “A Montanha Sagrada”.

Que esta escola iniciática, templária e filantrópica continue por muitos e muitos anos nesta bem-sucedida jornada de construção do “Templo Espiritual da Humanidade”!

Parabéns a todos os seus colaboradores e Irmãos filiados!

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